O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sugere que os professores desempregados emigrem para países lusófonos, realçando as necessidades do Brasil.
Questionado sobre se aconselharia os “professores excedentários que temos” a “abandonarem a sua zona de conforto e a “procurarem emprego noutro sítio”, Passos Coelho respondeu: “Em Angola e não só. O Brasil tem também uma grande necessidade ao nível do ensino básico e secundário”, disse durante uma entrevista com o
Correio da Manhã, que foi publicada hoje.
Pedro Passos Coelho deu esta resposta depois de ter referido as capacidades de Angola para absorver mão-de-obra portuguesa em sectores com “tudo o que tem a ver com tecnologias de informação e do conhecimento, e ainda em áreas muito relacionadas com a saúde, com a educação, com a área ambiental, com comunicações”.
“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos”, disse ainda o primeiro-ministro.
“Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, explicou.
Portugal é um dos países da Europa com menores níveis de escolarização da população, segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, publicado no mês passado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Enquanto em Portugal a escolarização média da população com mais de 25 anos era de 7,7 anos, na Grécia e em Itália era de 10,1 anos, em Espanha de 10,4. Na Alemanha era de 12,2 e nos EUA de 12,4.
Para as crianças que entram agora na escola, esta diferença é bastante menor: o número de anos de escolaridade esperados era de 15,9, no caso de durante a vida da criança se mantiverem as taxas de escolarização actuais, o que pode estar em causa dada a dimensão da crise. Em Espanha era de 16,6 anos, na Irlanda de 18 e na Alemanha de 15,9.
Comentário:
Lamentável e infeliz o comentário do Primeiro Ministro…depois
de todas as medidas economicistas que conduziram os professores á precariedade,
eis que o nosso primeiro ministro manda-nos ir dar uma volta ao mundo para ter
emprego o que reflecte a sua boa vontade em se estar marimbando para nós.
Sua Exm. Ignorancia saberá que:
-sabe que a profissão é, em todos os Estados, uma profissão
regulamentada?
-Este, licenciado em Economia pela Universidade Lusíada, não
sabe que, em todos os países, o sistema de ensino assenta em concursos, ou em
sistemas de recrutamento com algum grau de complexidade, como por exemplo,
exames de acesso, certificações pelos poderes administrativos, etc?
-Não sabe que as crianças portugueses são as que menos vão à escola em toda a
Europa?
Sr. Primeiro Ministro aos portugueses o que é de Portugal…onde
está o seu sentido patriótico? Tudo o que é estrangeiro leva com subsídios e
regalias de protecção e nós, filhos da nação que nos desenrasquemos. Deixamos a
nossa casa, a nossa família e o nosso país para poder ter emprego, dinheiro e
comida para o nosso dia-a-dia.
Já só falta começar a lançar-nos insecticida como se de alguma praga os professores se tratasse como culpa da incompetência de gestão financeira do país.
Sr. Primeiro ministro emigre você que gente com ideais como os seus não são precisos em Portugal...Siga os mesmos passos que o seu amigo Socrates e mude de país e de nação...Os professores são Portugueses com muito orgulho lamentamos é ter que levar com os anti-patriotas que nos governam...e levam o nosso país para o buraco orçamental. (
Prof-Admin)
"Não me admira que da frequente companhia com a chanceler alemã Angela Merkel daqui por uns tempos venha dizer aos professores que em vez de se dirigirem ao Centro de Desemprego, vão para Campos de Concentração..."