sexta-feira, 2 de março de 2012

Discussão aberta ao novo regime de concurso...

As reúniões seguem-se e os intervenientes vão-se pronunciando...

A FNE garante que "O MEC comprometeu-se a alterar o documento inicial, integrando agora no novo articulado alguns dos contributos da FNE. Até ao final desta semana será conhecido o novo documento, estando a próxima reunião agendada para o dia 5 de março."

A FENPROF pronuncia-se publicamente sobre o projeto do MEC
"O MEC apresentou um projeto de diploma legal sobre concursos que é extremamente gravoso. Nele está bem presente o futuro que o MEC tem para oferecer aos milhares de docentes contratados (o desemprego) e a milhares de docentes dos quadros que poderão ficar com horário-zero, já em setembro. Neste caso, é a mobilidade forçada em áreas geográficas de grande dimensão. Estas são apenas duas das consequências mais negativas que a FENPROF identifica no projeto do MEC."
Este projeto está a causar grande perturbação nas escolas, sendo um dos motivos mais fortes de uma indignação que é cada vez mais visível. É neste quadro que a FENPROF marca uma

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA / SEXTA, 2 DE MARÇO – 11H00...já falta pouco!

Entretanto na minha leitura entre a blogesfera, foi lendo outros testemunhos, opiniões e discussões sobre esta proposta e quero partilhar aqui um texto "delicioso"...é daquelas leituras que vale a pena sim senhor...

Opinião de Miguel Reis: "Isto há lá coisas..."

"O governo quer obrigar os professores a candidatarem-se a horários de 6 horas (com salários de cerca de 300 euros mensais) a 300km de distância da sua residência. Se recusarem a colocação, ficam impedidos de se candidatar durante um ano. Despedimento voluntário obrigatório? " (ler na integra)

Número de licenciados a emigrar aumentou 49,5%

«O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5 por cento entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional. » (ler notícia)

Infelizmente, mais que a vontade de ficar na nossa Terra no nosso Lar a necessidade subsistiu...pelo acreditar no nosso profissionalismo e na sustentabilidade da nossa família…os corajosos partiram…

Afinal como se escreve?!

«A Associação de Professores de Português (APP) "lamenta" as declarações do secretário de Estado da Cultura sobre possíveis alterações ao Acordo Ortográfico (AO), e considera que se anda "a brincar" com o Ensino.
A responsável recordou que "saiu uma portaria do Ministério da Educação, segundo a qual os professores são obrigados a aplicar o novo Acordo Ortográfico a partir do ano lectivo 2011/12, a decorrer".
"E agora com que cara vão dizer aos alunos que cada um escreve como entende", questionou a docente. "Andam a brincar com o ensino, com os professores, com os alunos, com os pais, com toda uma comunidade", disse.
Para a presidente da APP as declarações de Francisco José Viegas "destoam da contenção orçamental que nos é exigida", referindo os gastos já feitos com "os manuais escritos já impressos segundo as novas regras" e os que implica a reformulação das regras.
Edviges Ferreira disse ainda que "as declarações do secretário de Estado são muito contraproducentes do ponto de vista pedagógico"
O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, afirmou na terça-feira a uma estação televisiva seria "possível efectuar ajustamentos em alguns casos, relacionados com as palavras de dupla grafia e as sequências consonânticas".
"Temos essa possibilidade e eu acho que vamos usá-la. Temos de aperfeiçoar aquilo que há para aperfeiçoar", disse o governante no programa televisivo, admitindo que não gostava de algumas regras.»
Na verdade, enquanto professor confesso que há regras que nem eu consigo dar o exemplo aos meus alunos de tão disparatadas que são...não consigo concordar com a pessoa que inventou determinadas regras para este acordo ortográfico aliás, sendo simpático, algumas são uma ideia muito infeliz, foi um daqueles momentos que podia ter explorado num sitio que eu cá sei...Não entendo a indignação da presidente da APP. O ensino tem de ser compreendido e apreendido sejamos sinceros que há regras cuja lógica da coisa só nos apraz dizer aos alunos "olha faz assim porque é assim e pronto".
A Língua Portuguesa desde sempre que foi uma língua a nível gramatical complexo e diria mesmo completo... as suas bases estão no latim e muitas regras gramaticais têm a sua lógica e compreensão justamente pela história e significado na sua construção.
Quando este acordo apareceu, achei um perfeito disparate, pois a meu ver só existe para simplificar quem não quer compreender a gramática da nossa língua e então simplifica-se a coisa como se escreve normalmente quando se dá erros...sim eu sinto que quando escrevo com este acordo estou a escrever com erros.
Desta vez tenho que concordar que se há a possibilidade de rever o novo acordo e aperfeiçoá-lo eliminando algumas regras que não fazem sentido nenhum, acho bem…quanto ao dinheiro dispendido na manufaturação dos novos manuais, não me parece que as editoras se importem com isso eles querem é motivos para vender…quanto à senhora da APP ter ficado aborrecida…neste país de um dia para outro não há nada que não mude constantemente, veja-se a Avaliação de Professores e o mais recente a proposta para o novo regime de concurso…é só mais uma mudançazinha.. não será uma finalidade dos Professores de Português ensinar correctamente? Hoje ainda é o dia que utilizo a gramática dos meus pais para ensinar …as gramáticas antigas é que são boas não foram regidas pela lei do facilitismo e das meias explicações simplex…está lá os porquês a história da evolução da nossa língua…não fazia mal nenhum aos professores e à população geral estudar pelos manuais do antigamente…antigamente os livros escolares ensinavam os de hoje já trazem a pergunta e a resposta escrita com espaço para a última palavra da frase de resposta ser escrita pelos alunos. Enfim é o ensino que temos para o futuro…!

«O impossível acordo

Na discussão do Acordo Ortográfico, além dos termos de uma estéril querela que se fica por questões de princípio, é possível perceber que por mais críticas que tenha suscitado, por mais que tenha sido desautorizado cientificamente, ele resistiu pela sua condição de projeto político

Uma crónica de António Guerreiro aprazível de ler...(aqui)