Ontem Paços Coelho sugeriu que os professores emigrassem
para países lusófonos, realçando as necessidades do Brasil.
Têm vindo a surgir algumas noticias, ainda que silenciosas,
por exemplo:
- O instituto Camões que anunciou que iria reduzir os postos
de trabalho de professores de português da rede no estrangeiro, sobretudo
França, Suíça e Espanha;
- Hoje, o embaixador de Portugal em França que veio afirmar
que existem cortes na rede de docentes de português no estrangeiro, e alertou
ainda para os impactos dessa medida;
Ora é um pouco contraditório mandar-nos fazer as malas e ir
de encontro ao inesperado, fazendo-nos crer que vamos conseguir emprego no
estrangeiro, quando para que isso aconteça:
- é indispensável que existam protocolos e/ou regulamentação
que nos permita leccionar em regimes educativos diferentes do nosso, como
estrangeiros que somos, e com habilitações regulamentadas pelo nosso país e não
o país em questão a que concorremos;
- e tem vindo a surgir fugas de que, aquando dos protocolos
que existem, os mesmos está a haver cortes nas possibilidades e no número de hipóteses
para aceder a esses postos;
- já para não falar que o acesso à docência noutros países
se deve ao facto de nesses países existirem emigrantes/comunidades portuguesas e
ser permitido leccionar a língua portuguesa aos mesmos;
- é, ainda, uma opção para os professores do português, então
e os professores com habilitação nas outras áreas?
Mais uma vez os professores usados como bolas de ping-pong
com tantas incongruências medonhas…aguardemos pelos próximos desenvolvimentos.