Em tempos de crise…
Birras de crianças em espaços de consumismo são uma
constante, mas em tempos de crise, como agir e sobretudo educar estas novas
gerações de crianças habituadas à lei do facilitismo onde basta uma simples
cena triste (espernear, chiar bem alto em pleno corredor do supermercado, etc…)
para que os pais, em lugar da vergonha que passam, os silenciar e comprar o que
os pequenos terroristas exigem sem dó nem piedade.
Outrora um pequeno empurrãozinho no rabo das pestes (ao que
chamo o famoso sacudir o pó) e/ou um olhar fulminante com um aconchegozinho no
braço bastava para elas perceber que não pode ser tudo como elas querem quando
querem…aliás no meu tempo um não bastava, não era não e não havia argumentação.Hoje, sabedoras que lhes deram o poder para as mãos onde podem publicamente fazer os pais ter que ir responder ao tribunal por um simples par de estalos quando salta a tampa nos limites da má educação dos filhos, eles acham-se no direito incondicional de exigir e exigir. Em vez de criarem leis inúteis e sem valores de carácter educacional, porque não criar uma lei que eduque os mais novos o preço, os custos e, sobretudo, o esforço da vida…Pois as coisas não caiem do céu…nem nascem em árvores…
Muitas são as teorias e crónicas intituladas “Como ensinar as crianças a poupar”, então qual o melhor método para, em tempos de crise, educar os mais novos a poupar?
Simples, recorrer à moda antiga, educar os filhos dizendo “não”, explicar desde o berço qual a hierarquia familiar em que os pais estão sempre no topo e eles na base.
Um dia estava eu numa dessas cadeiras de fast food que a acriançada adora (não fazendo publicidade) quando fiquei simplesmente boquiaberto, não com a balbúrdia que os pequenos faziam, mas com o comentário dos seus pais. Andavam os pequenos senta levanta, debaixo da mesa, a atirar a alface do hamburguer pró chão, papéis e afins e sei lá mais o quê…quando o pai diz «Não sei que raio fazem na escola…tantas horas e os professores não lhes sabem dar educação!»
Bem, escusado será dizer que até engoli em seco, como professor, meu primeiro pensamento foi «A educação vem de casa, as bases vêm de casa», depois pensei «Mais um pouco só falta dizer que os professores é que têm a obrigação de viver com eles em casa e os educar até adultos», ainda pensei «Está certo, até à idade escolar as crianças vivem como bichos que é para quando forem para a escola, os professores que lhes dê educação»…
Entre o falar e permanecer calado, preferi calar-me e desprezar tamanha ignorância.
Os meus filhos estavam quietos sentados na mesa a comer civilizadamente, têm apenas dois anos, e quem lhes ensinou essa educação fora eu como pai e não professor.
Mas esta é lamentavelmente uma realidade que entra pela minha sala de aula todos os dias:
«Senhor professor não sei que faça ao meu filho, não tenho mão nele, tente você dar-lhe a volta»;
«Diga-lhe que você mandou fazer os TPC’s, se for eu a mandar ele não faz»;
«Em casa ele não come estou surpreendida que consigo até sopa come»;
«Ele porta-se bem consigo?! Em casa faz-me a vida negra e é mal criado»;
Etc…etc…etc.. estes são só alguns exemplos…
Mas, em tempos de crise como ensinar aos mais novos o valor do dinheiro?
Fica aqui um artigo que de todos achei o mais sensacional…e tentem levar isto como um jogo, desafiem os vossos filhos “A ver se és capaz”. È difícil, tirar-lhes certos vícios ou ensinar o correcto quanto até então o hábito era “O menino quer dá-se”. É mesmo isso, uma questão de novos hábitos muito mais saudáveis e, sobretudo, aliviantes à carteira dos pais nos tempos de hoje.
QUATRO PASSOS PARA OS SEUS FILHOS SEREM MENINOS DE OURO
PS: Os meus já têm um porquinho mealheiro. Eu disse-lhes que era o porquinho mágico, se eles lhe dessem comida (moedinhas) um dia ele oferecia-lhes uma prenda especial, quanto mais comidinha melhor seria a prenda… Com dois anos até que me saí bem, um dia quando o porquinho deles estiver bem gordinho poderão comprar algo que desejam. Sejamos sinceros, é o primeiro passo para lhes ensinar que se querem muito uma coisa têm que se esforçar e …poupar.
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