terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Para 18 anos!

Escolaridade obrigatória até aos 18 anos criará "ambientes explosivos"      

O alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos vai ter, já a partir do próximo ano lectivo, um "impacto brutal" nas escolas, e, em conjunto com o prosseguimento da fusão de agrupamentos, de que resultarão também espaços com muito mais alunos, poderá criar ambientes "explosivos e até mesmo descontrolados".

Atualmente, a escolaridade obrigatória está até ao 9º ano...só sabe Deus e nós professores o que passamos com "miúdos" que por mais motivação que a gente prepare, não quer mesmo saber de estudar e da escola. Com esta medida agora sim o ensino vai ser de alta qualidade...! Se agora esses ditos "alunos" desinteressados e contra a obrigatoriedade já perturbam e não é pouco nas aulas e fora, a espancar e perseguir os mais novos. Com esta medida o Bullying vai aumentar ainda mais a fasquia e a faixa etária entre "grupos".
Já tive alunos que com 16 anos ainda frequentavam o 1º ciclo em currículos alternativos...e o que era difícil de aguentar o matulão...com esta medida...acho que a minha próxima pós-graduação, se não ponderar mesmo Doutoramento será em Artes Marciais, para conseguir fazer uns karaté kid's malabarísticos para me defender desta malta...que coitadinhos vão poder andar até aos 18 anos a passear todos os dias sem assumir responsabilidades pelos seus atos...
Noutros tempos, estudar era só para privilegiados...trabalhar era a palavra de ordem, depois tornou-se mais acessível a todos...quem queria estudar estudava e nem sempre havia quem pudesse pagar, quem não queria e/ou podia ía trabalhar...
Agora nos tempos modernos, vivemos passo à expressão numa sociedade de inúteis...andam até aos 18 anos a passear e a fazer asneiras, ai de quem os contrariar que ficam traumatizaditos e depois...hum e depois atingem a maior idade e são uns adultos inúteis, frustados, sem formação ética nem profissional...Venha o Diabo e escolha...se isto será a imagem da nossa Civilização no futuro...realmente caminhamos para o fim do mundo...            

Até o Provedor da Justiça

Fim de Formação Cívica põe em causa compromissos internacionais, afirma Provedor de Justiça

«O Provedor de Justiça, Alfredo de Sousa, manifestou-se preocupado com a proposta de revisão da estrutura curricular do ensino básico e secundário, por esta contemplar a eliminação da disciplina de Formação Cívica.
Numa carta enviada ontem ao ministro da Educação e Ciência, o Provedor de Justiça frisa que o cumprimento do estipulado na Declaração das Nações Unidas e na Carta do Conselho da Europa “não se compadece” com a prevista eliminação daquela disciplina.
O Provedor lembra, a propósito, que nestes instrumentos internacionais se determina, por um lado, que a educação para os direitos humanos é uma responsabilidade dos Estados e, por outro, que o acesso a esta constitui um “direito da pessoa”.
Na sua carta. Alfredo de Sousa recorda também que, em Maio passado, assinou um protocolo de cooperação com o Ministério da Educação com vista “à promoção e divulgação do órgão de Estado Provedor de Justiça, nomeadamente na sua vertente de instituição nacional de Direitos Humanos (...) e dos meios de acção de que o Provedor dispõe e de como os cidadãos, nomeadamente as crianças, podem apresentar queixa”.
Em Setembro, já com a nova equipa ministerial em funções, o Provedor de Justiça endereçou uma carta a Nuno Crato, reiterando-lhe o seu interesse e disponibilidade para desenvolver este projecto.
A disciplina de Formação Cívica foi introduzida a partir de 2001. Desde há vários anos que passou a ser utilizada, sobretudo, como uma espaço de gestão dos conflitos de turma. Tem sido essa a razão principal pela qual a sua eliminação está a ser contestada por professores e responsáveis das escolas, que insistem na necessidade de manter, na estrutura curricular, um espaço para os directores de turma abordarem os problemas criados ou colocados pelos seus alunos. O ministro Nuno Crato já se manifestou sensível a este argumento.» in Público

Mais um erro "crato" ao querer acabar com a Formação Cívica, ao encontro desta notícia, ainda hoje mesmo o Conselho Nacional de Educação publicou uma RECOMENDAÇÃO em DR onde vem várias vezes frisada a importância de dar continuidade à Educação para a Cidadania, fundamentos que são ministrados através da disciplina de Formação Cívica...

                          

Recomendação sobre Educação em DR

Hoje foi publicado em Diário da Republica, pelo Ministério da Educação e Ciência – Conselho Nacional de Educação, uma Recomendação sobre educação para a cidadania, Recomendação n.º1/2012.D.R.n.º17,SériaII de2012-01-24.
O mais giro é atribuírem importância à Formação Cívica logo agora que, em discussão da revisão curricular, esta até é para ser eliminada…há coisas que não se compreendem, consideram importante a Educação para a Cidadania e a sua decisiva importância na escola pública, através da consagração legal Formação Cívica…
Talvez fosse melhor repensarem em dar continuidade à Formação Cívica.

Ao que a crise obriga

Há mais alunos a desistir do ensino superior devido à crise

Cerca de 3300 alunos já cancelaram a sua inscrição no ensino superior desde o início deste ano lectivo. Os dados dizem respeito a apenas metade das universidades, ainda que estejam contabilizadas as maiores instituições. As dificuldades económicas dos estudantes estão na base de muitas das desistências, reconhecem os responsáveis académicos. A dificuldade de acesso a bolsas de estudo e o aumento das propinas criam ainda mais problemas, alertam as associações estudantis.

Novas Oportunidades para Professores

Nuno Crato em Timor-Leste

Segundo Nuno Crato:

«Espero que seja uma visita muito produtiva para dar uma maior força a este trabalho [de ensino da língua].»
«É muito importante para a universidade a ida de professores portugueses, porque muitos dos cursos não são dados em português e como é evidente o Governo de Timor-Leste quer que os cursos sejam dados em português e nós também».
«O português é uma das línguas oficiais de Timor-Leste e isso significa que toda a população de Timor-Leste, todos os jovens, têm muito a lucrar com o domínio claro desta língua», afirmou o ministro da Educação, salientando a importância que atribui à difusão do ensino da língua portuguesa.
 Segundo uma nota à imprensa divulgada na altura pelo Ministério da Educação de Portugal, o «Protocolo para a Criação e Desenvolvimento das Escolas de Referência tem como objectivo a criação de estabelecimentos de ensino de excelência em Timor-Leste, sob a gestão administrativa da Escola Portuguesa de Díli».

Portugal quer cooperar com Timor na educação

«Estamos aqui para aprender, para ajudar no que pudermos ajudar. Como sabem, Portugal está muito empenhado em cooperar com Timor em vários aspetos da educação e esperemos que isto seja mais um passo que se desenvolva ao longo de muito tempo.»

A cooperação entre os dois países no setor da educação assenta na criação de uma rede de escolas de referência, no âmbito do ensino básico e secundário, em apoio à Universidade Nacional do país e na colaboração no sentido de prestar apoio técnico ao Ministério da Educação timorense.
A Universidade Católica Portuguesa, Universidade do Minho e Universidade de Aveiro ajudaram Timor-Leste a elaborar os programas curriculares.
Portugal tem também prestado apoio a Timor-Leste no âmbito do ensino técnico profissional, na criação de uma rede de bibliotecas escolares e na atribuição de bolsas de estudo a timorenses.
Como sabem, existem também uma aplicação na DGRHE para quem quiser se candidatar a ir lecionar para Timor...com estes novos protocolos criados, poderá abrir, também, novas  oportunidades de trabalho para os professores portugueses desempregados...claro está que isso obriga à emigração...