O Ministério da Educação e Ciência (MEC) recebeu até esta sexta-feira 829 contributos para a revisão curricular, no âmbito da discussão pública que termina na terça-feira.
A equipa do MEC analisou já 753 das propostas enviadas, não estando previsto qualquer alongamento do prazo, conforme pretendiam a oposição e os sindicatos de professores. (ver propostas)
FNE diz que falta "sustentação técnica e independente" à revisão curricular
A Federação Nacional da Educação (FNE) considera que falta
sustentação técnica e independente à proposta de revisão curricular apresentada
pelo Governo, que classifica como "um instrumento de contenção orçamental".
Em documento enviado, esta sexta-feira, ao Ministério da Educação e Ciência,
a FNE afirma que a proposta está apenas legitimada por decisão política,
exigindo que se definam metas e conteúdos para os currículos. (ver documento)"Uma revisão curricular não se pode confinar a um mero exercício de somas e subtrações de tempos lectivos, particularmente se estas operações tiverem por única fundamentação a preocupação de redução de custos em termos de recursos humanos", escreve a FNE no documento, a que a agência Lusa teve acesso.
Para a FNE, a "insuficiência do tempo de debate" - um mês e meio- e da abertura de variadas formas de participação são "sinais preocupantes sobre a extensão da participação que se pretende".
A federação sindical diz que faltam estudos sobre o impacto das medidas.
"A melhoria das aprendizagens ou do ensino não resulta apenas de um novo desenho curricular, exige condições materiais e recursos humanos", defende a FNE.
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