Muitas
foram as manchetes de hoje para digerir, todas elas fundamentalmente com o
mesmo mote, destaco aqui as duas questões mais divulgadas:
-
“Sempre Houve professores com contratos a um mês”, redige o Correio da Manhã,
referindo que o Ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, afirmou que
sempre houve professores com contratos a um mês, mas este ano se verificou uma
renovação automática e sem apoio central;
-
“Professores em falta nas escolas vão ter contratos mensais”, redige o Público,
referindo que segundo o MEC, em resposta ao jornal, as escolas com falta de
professores só poderão celebrar contratos mensais com os docentes. Diz ainda
que ficam, assim, respondidas as dúvidas dos directores de agrupamentos face às
datas constantes da durabilidade dos horários em oferta de escola, pensado
serem um erro visto se tratarem de horários anuais;
Quanto
a isto tudo nada de diferente do que eu alertei numa das minhas crónicas
anteriores, pelo contrário, confirmam-se assim claramente todas as suspeitas especulativas
que surgiam envolta da Nota Informativa editada ontem pela DGRHE. Como tal,
sobre isso não me vou debruçar mais a não ser que surjam desenvolvimentos
pertinentes.
Hoje
foi também um dia de protesto, FENPROF saiu à rua em dispersos locais do país
para:
- “Professores e educadores protestam
esta sexta feira, contra o desemprego, a precariedade e a instabilidade que, de
forma cada vez mais violenta, se abatem sobre os profissionais, devido a
medidas tomadas deliberadamente nesse sentido.”
Também
não me vou debruçar a minha crónica de hoje neste destaque até porque a minha
opinião formal sobre os sindicatos, tem vindo indirectamente muitas vezes implícita
noutras crónicas e apenas tenho algo para dizer:
“Ridículos,
são ridículos, quando tiveram que debater o assunto na mesa, não os tiveram no
lugar e agora foram para as ruas de bandeirinhas todos pimpões passear,
felizmente que até estava sol para se ver umas montras e coisa e tal. Para
rematar, colegas se os lugares se vão tornando escassos, é normal que menos
professores entrem mas ainda contribui mais os recém formados que continuamente
todos os anos se formam, sabendo que empregabilidade é nula para eles. Para quê
continuar a formar mais professores se os que há estão no desemprego? Dá que pensar, porque ninguém pensa também
nisto, continuar a formar ilusoriamente profissionais para aumentar o bolo do desemprego
e de pessoas formadas “frustadas” e sem expectativas.”